Planejar e avaliar sempre

Foto: Tamires Kopp

Greicy Silva
Observar para reorientar o trabalho
"Comecei a dar aula aos 18 anos, enquanto cursava o Magistério. Na época se falava pouco de planejamento. Avaliação era sinônimo de prova e nada mais. Foi na licenciatura em Matemática que entendi a importância de usar meios avaliativos para checar o que de verdade os alunos aprenderam e, com isso, verificar a qualidade e a consistência das estratégias de ensino para reorientar o trabalho em sala. Minha escola tem um currículo bem estruturado e sei quais são as expectativas de aprendizagem para cada conteúdo. Como leciono para o 6º ano, ter clareza do que os alunos dominam em relação ao programa do segmento anterior é fundamental para garantir que eles acompanhem o andamento das atividades. Começo sempre com uma sondagem e, com base nesse levantamento, programo maneiras de retomar o que não foi aprendido. Na hora de introduzir um conteúdo, proponho situações diversas antes de entrar na teoria propriamente dita, definindo estratégias e fórmulas e sistematizando o que vimos na prática. Durante todo o ano, vão se alternando os momentos de planejamento, as aulas e a avaliação - que não se baseia apenas em provas. Observo e registro as estratégias usadas pelos alunos, as dificuldades e os avanços deles, além de olhar os cadernos. Assim, procuro não deixar as dúvidas se acumularem e logo intervenho. Quando identifico alunos com dificuldades, me concentro em ajudá-los, enquanto quem está em dia com a matéria se ocupa de outras atividades. Trabalhos em grupo, durante as quais os colegas se ajudam, também são essenciais. Algumas vezes, como lição de casa, proponho desafios complexos para a garotada. Isso me ajuda a ver até que ponto todos entenderam o que foi visto e se conseguem usar um conhecimento em diferentes contextos. Esse é mais um jeito de aproveitar da melhor maneira o potencial da turma e tornar meu trabalho ainda mais produtivo."



Greicy Silva, 28 anos, professora de Matemática no Ciep Municipal Alexandre Bacchi, em Guaporé, a 200 quilômetros de Porto Alegre
 PROFESSOR IDEAL
Os professores ensinam todos os dias. Preparam aulas. Explicam o que tem de ser aprendido. Supervisionam os exercícios dos alunos. Checam os resultados. Aprendem a conviver com sua classe. Modelam e influenciam comportamentos, ensinando às crianças e aos jovens a consciência de seus deveres, formas de convívio social, valores e normas.
  Isso não acontece no vácuo. A educação se faz na escola, onde muitas outras coisas acontecem. Há reuniões de professores. Há o Plano Diretor para se levar em conta. Há o contato com pais.
  Para executar a contento todas essa atividades, os professores devem possuir características muito especiais. Num perfil profissional, essas características são definidas numa certa ordem, permitindo que se construa uma imagem coerente da profissão.
  Mas o ensino não pára de mudar e, com ele, muda a imagem do professor. Um perfil profissional é sempre o produto de um lugar e de um tempo determinados. Deveria ser revisto a cada cinco anos, aproximadamente.
Um perfil profissional também se volta, em certa medida, para o futuro. Inclui características que, embora ainda não sejam universais, serão exigidas daqui a alguns anos. Resumindo, o perfil profissional de um professor:
·        Consiste em grupos de características, descritos numa certa ordem;
·        Está ligado a um lugar e a uma época;
·        Olha para o amanhã, mencionando características que podem ser exigidas num futuro próximo.
    Todos deverão saber que características são valorizadas e precisam ser desenvolvidas com o esforço individual e a formação continuada em serviço.

Jean Piaget - O biólogo que colocou a aprendizagem no microscópio

O cientista suíço revolucionou o modo de encarar a educação de crianças ao mostrar que elas não pensam como os adultos e constroem o próprio aprendizado


Foto: Camera Press
Foto: Camera Press
Jean Piaget (1896-1980) foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Não existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca atuou como pedagogo. Antes de mais nada, Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança.

Do estudo das concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética - isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida.

"A grande contribuição de Piaget foi estudar o raciocínio lógico-matemático, que é fundamental na escola mas não pode ser ensinado, dependendo de uma estrutura de conhecimento da criança", diz Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
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As descobertas de Piaget tiveram grande impacto na pedagogia, mas, de certa forma, demonstraram que a transmissão de conhecimentos é uma possibilidade limitada. Por um lado, não se pode fazer uma criança aprender o que ela ainda não tem condições de absorver. Por outro, mesmo tendo essas condições, não vai se interessar a não ser por conteúdos que lhe façam falta em termos cognitivos.
Isso porque, para o cientista suíço, o conhecimento se dá por descobertas que a própria criança faz - um mecanismo que outros pensadores antes dele já haviam intuído, mas que ele submeteu à comprovação na prática. Vem de Piaget a idéia de que o aprendizado é construído pelo aluno e é sua teoria que inaugura a corrente construtivista.

Educar, para Piaget, é "provocar a atividade" - isto é, estimular a procura do conhecimento. "O professor não deve pensar no que a criança é, mas no que ela pode se tornar", diz Lino de Macedo.

Assimilação e acomodação
Com Piaget, ficou claro que as crianças não raciocinam como os adultos e apenas gradualmente se inserem nas regras, valores e símbolos da maturidade psicológica. Essa inserção se dá mediante dois mecanismos: assimilação e acomodação.
O primeiro consiste em incorporar objetos do mundo exterior a esquemas mentais preexistentes. Por exemplo: a criança que tem a ideia mental de uma ave como animal voador, com penas e asas, ao observar um avestruz vai tentar assimilá-lo a um esquema que não corresponde totalmente ao conhecido. Já a acomodação se refere a modificações dos sistemas de assimilação por influência do mundo externo. Assim, depois de aprender que um avestruz não voa, a criança vai adaptar seu conceito "geral" de ave para incluir as que não voam.

Estágios de desenvolvimento
Um conceito essencial da epistemologia genética é o egocentrismo, que explica o caráter mágico e pré-lógico do raciocínio infantil. A maturação do pensamento rumo ao domínio da lógica consiste num abandono gradual do egocentrismo. Com isso se adquire a noção de responsabilidade individual, indispensável para a autonomia moral da criança.

Segundo Piaget, há quatro estágios básicos do desenvolvimento cognitivo. O primeiro é o estágio sensório-motor, que vai até os 2 anos. Nessa fase, as crianças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. É um período anterior à linguagem, no qual o bebê desenvolve a percepção de si mesmo e dos objetos a sua volta.

O estágio pré-operacional vai dos 2 aos 7 anos e se caracteriza pelo surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo por meio de símbolos. A criança continua egocêntrica e ainda não é capaz, moralmente, de se colocar no lugar de outra pessoa.

O estágio das operações concretas, dos 7 aos 11 ou 12 anos, tem como marca a aquisição da noção de reversibilidade das ações. Surge a lógica nos processos mentais e a
habilidade de discriminar os objetos por similaridades e diferenças. A criança já pode dominar conceitos de tempo e número.

Por volta dos 12 anos começa o estágio das operações formais. Essa fase marca a entrada na idade adulta, em termos cognitivos. O adolescente passa a ter o domínio do pensamento lógico e dedutivo, o que o habilita à experimentação mental. Isso implica, entre outras coisas, relacionar conceitos abstratos e raciocinar sobre hipóteses.

20 qualidades do professor ideal


O docente ideal:
1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas.
2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos.
3. Conhece as didáticas das disciplinas.
4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas.
5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem.
6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.
7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem.
8. Estabelece um clima favorável para a aprendizagem.
9. Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos.
10. Institui e mantém normas de convivência em sala.
11. Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos.
12. Comunica-se efetivamente com os pais de alunos.
13. Aplica estratégias de ensino desafiantes.
14. Utiliza métodos e procedimentos que promovem o desenvolvimento do pensamento autônomo.
15. Otimiza o tempo disponível para o ensino.
16. Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos.
17. Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação e no estudo.
18. Trabalha em equipe.
19. Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão.
20. Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes.
Fonte: Adaptado de Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente - Documento para Consulta Pública, MEC/Inep.

A escola que eu queria para meu filho

   
A escola que eu queria para meu filho

Para não cair no discurso gelado do técnico, ou na inflamação vazia do ufanismo pedagógico resolvi, por dois motivos, partilhar desta oportunidade de colocar neste Fórum o pensamento de cerca de 130 mães.

Em primeiro lugar, parti da crença de que tanto na educação, como em outras áreas, as soluções não estão nos gabinetes.

Em segundo lugar, porque minha vivência de educadora, procuro exercer uma reflexão crítica sobre a prática, pois temos no contexto concreto o teórico no lugar da ação.

Com freqüência, nós, educadores, caímos no paternalismo tecnicista, na ingenuidade pedagógica ou até mesmo no niilismo.

E muitos dos sonhos acordados que tivemos conjunta,mente com os pais se transformaram em ilusões.

As mães envolvidas passam agora a acreditar e a nutrir o desejo pelas alterações concretas e imediatas.

Relacionadas as reivindicações que a questão suscitou, vemos, de um lado, pontos que podem ser considerados extra-escola; outros, profundamente pedagógicos. Se colocarmos em uma balança, só podem estar do mesmo lado, pois tanto fatores exógenos quanto endógenos interferem na qualidade de ensino.

Eis, na lista do que queremos, um programa concreto apontado pelas mães. São "pequenos-grandes" problemas que se colocam como necessários e possíveis de mexer hoje, o que contribui na construção da escola que sonhamos.

Queremos:
- professor único durante o ano.

- uma representante do povo na Delegacia de Ensino¹.

- merenda escolar digna, com horários de alimentação do brasileiro.

- escolas de 2ª graus² nos bairros.

- melhorar a qualidade dos professores.

- mais deveres de casa.

- férias mais curtas.

- mais tempo com a criança na escola e mais empenho dos professores.

- pré-escola e creches nos bairros.

- redução da idade para o ingresso na 1ª série.

- segurança na escola para evitar a fuga de alunos em aulas vagas.

- que o ensino seja melhorado, pois antigamente eram quatro anos para a alfabetização e agora com oito não se consegue nada com as crianças.

- que haja aulas de educação artística, desenho, música e teatro para as crianças.

- sinalização das ruas frente às escolas.

- quadras de esporte para as aulas de educação física. Uso destas dependências nos fins de semana.

- recreação e merenda nas férias.

incentivo aos alunos de recuperação e não discriminação dos professores que dizem, já no mês de junho: "Este não vai passar, não tem chance".

- que o professor não seja o dono da nota do aluno; não pode ir abaixando nota só porque o aluno não é comportadinho, bonzinho para ele. O aluno tem que saber o que sabe e o que não sabe.


- liberação de verbas para as escolas para não precisar a comunidade fazer rifas, festas e pagar a manutenção das escolas.

- explicações e esclarecimentos, maiores informações sobre: "Conselho de Escola, Centro Cívico, Conselho Municipal de Educação, Documento nº 01, Jornal Educação democrática".

- educação dos professores para que não maltratem os alunos com gritos, perseguições, etc.

- que volte a nota nos cadernos como estímulo aos alunos.

- aulas de reforço fora do horário de aula.

- que não persigam os filhos das mães que querem participar das escolas.


Pasmem os educadores da agudeza e severidade singela das mães dos bairros de periferia.

As reflexões sobre cada um dos pontos levantados à elaboração de um tratado. No entanto, a observação, por mais superficial que pareça, aponta para a raiz dos problemas como tendo origem no modelo econômico levado à cabo nos últimos anos e tendo na política educacional um dos seus realizadores.

A paupelização do assalariado, a falta de assistência básica ma infra-estrutura material dos bairros de periferia, aliados à ausência de investimentos na infra-estrutura humana, na qualificação profissional e nas condições de vida do professorado, se constitui num caldo de cultura de onde brota, com expressão de espanto, a interrogação de uma mãe:

- Por que o ensino de um bairro pobre é pior do que um ensino de um bairro ou cidade com maior poder aquisitivo?

E é por isso então que tudo passa a ser problema da educação. Alimentação, lazer, segurança, discriminação, são problemas que vêm interferindo diretamente no ensino.

Qual a participação da comunidade para que ela melhore?

As mães que participam deste trabalho podem ser divididas em dois grupos. Em um deles as mães de um bairro onde a escola se fechou à participação e elas foram obrigadas a se organizar fora e apesar da escola. Em outro, estão as mães de um bairro onde a escola e comunidade possuem um bom relacionamento.

Todas possuem a vontade de participar nas decisões dos problemas.

Os dois exemplos de grupos demonstram que a mãe não é um bicho-papão comedor de professores e diretor. Não podem ser tratadas como persona non grata.

A Escola Pública existe para servir à população e não o contrário. Antes de tudo, cada mãe é um contribuinte e os pais são, de fato seus reais donos.

Na realidade, a esmagadora maioria da comunidade não participa das decisões da escola.

Por isso, estão as mães impedidas de sonhar! Como sonhar de barriga vazia? Como sonhar sem alegria, se não há lazer?

O destino do filho é idêntico ao do pai: sofrer férias ao invés de gozar férias; ser coagido ao invés de ser estimulado.

Que a escola seja veículo da ludicidade e da auto-satisfação, condição basilar para a a aprendizagem. E chegará o dia em que o sonho da mãe se realizará: a criança irá à escola por prazer e não por obrigação.

O sonho real da comunidade é a certeza de que suas reivindicações são possíveis de satisfazer! E, se algo é impraticável hoje, já e agora, "a melhor maneira de fazer amanhã o impossível de hoje é realizar hoje o possível de hoje". E aí as "pequenas-grandes" reivindicações.

Para finalizar, como se inserem o Supervisor de Ensino, o Diretor, o Professor e demais educadores, neste processo?

Quando um educador, em uma escola qualquer, vai junto com a comunidade organizada reivindicar luz, ônibus, asfalto, etc., está atuando para aliviar o peso na balança; assim também quando abre a escola e discute a busca de soluções para as dificuldades do aprendizado; ou quando um Supervisor de Ensino reúne seu setor e reflete com os diretores de escola a integração com a comunidade. Vemos então que a síntese se dá no engajamento nos movimentos populares, onde problemas endógenos e exógenos fundem-se, a um só tempo, na busca de um ensino melhor.

O divisor de águas que nos impõe a realidade é: de uma lado, estão uns poucos ricos nadando em regalias; e de outro, a esmagadora maioria afogando-se na miséria. O profissional em educação não escapa de ter que optar de que lado ele está de cabeça e de coração. Não dá mais para o educador ficar escondido, por detrás da neutralidade. Isto é omissão e omissão leva a manutenção do status quo. Diante da vítima que morre, sonegar socorro é condená-la á morte.

Urge conclamar e propor o engajamento nas lutas levadas pelas entidades de classe, nos movimentos populares. Desta forma se mede o bom profissional. Desta forma o educador é um eterno educador.

E chegará o dia que o sonho da mãe se realizará: a criança irá à escola por prazer e não por obrigação!




Promovendo a Paz na Escola



Mãos unidas em busca de respeito e amor ao próximo
No mundo moderno, as formas incentivadoras de consumismo para crianças e jovens, através dos veículos de comunicação, as mudanças nos valores das famílias e tantos outros problemas, tem causado maiores índices de violência, chegando estes a atingir o âmbito das instituições de ensino.
Frequentemente, podemos ver notícias de jornais relatando casos de violência contra professores, bulling (humilhar, intimidar, ofender, agredir física ou psicologicamente), vários outros modelos de abuso e agressão acometidos contra a comunidade escolar.
Diante disso, podemos citar o caso da professora de Santa Catarina, espancada por uma mãe de aluno em uma das maiores escolas públicas do Estado, tendo a mesma sofrido mais de vinte tapas e pontapés, em consequência de um sorteio de um chiclete e uma tatuagem, no qual a filha da agressora não fora contemplada.
A escola deve promover atividades e projetos que visem estruturar as relações humanas entre a comunidade que atende, criando uma relação vincular positiva com todos os funcionários da escola. Seguem algumas sugestões para isso:
Aproveitando o gancho do fato ocorrido, acolher os pais na volta às aulas oferecendo uma palestra sobre violência é um bom caminho para se iniciar o projeto.
Apresentar o regimento interno da instituição também é uma forma dos pais tomarem ciência das atitudes que são aceitas ou não dentro da escola, dos direitos e deveres de cada um no processo educativo, preparando-os para o direcionamento das orientações a serem dadas aos alunos.
Após a explanação do tema, propor algumas dinâmicas a fim de aproximar os participantes da reunião. Sugere-se que as mesmas envolvam casos de violência nas escolas, que podem acontecer tanto com professores como com os alunos, destacando que a prioridade é desenvolver um trabalho voltado para a pluralidade cultural, com o respeito sendo colocado como o principal instrumento entre as pessoas. Podem ser apresentadas através de teatro, paródias, mímicas, dentre outras.
É importante que a equipe de professores, os auxiliares, a coordenação e a direção estejam engajadas, participando ativamente do projeto, a fim de dar maior consistência ao mesmo, numa demonstração de preocupação com os problemas enfrentados na atualidade, e que envolvem limites.
A solidariedade é um valor relativo da não violência, que deve ser desenvolvida no âmbito escolar e aparecer nas mais simples formas, nos diálogos desde as classes de educação infantil até as turmas mais adiantadas e ensino médio, se a escola trabalhar com esse nível de educação.
Através da solidariedade o sujeito percebe que pode trocar experiência com o outro, aprende a respeitar as limitações dos seus companheiros bem como as suas próprias dificuldades, mas também identifica que pode contar com o apoio de alguém, caso necessite.
Outra forma de mobilizar a comunidade escolar é propondo uma caminhada pela paz. Organize um grupo de pais para ajudar na elaboração e confecção de faixas, cartazes, panfletos e frases a serem cantadas durante a passeata. Aceitar as ideias dos pais é mostrar o quanto são importantes na educação dos filhos, além de melhorar as relações de confiança dos mesmos com a escola.
As aulas de artes podem ser aproveitadas para a confecção de flores de papel crepom, que poderão ser distribuídas no dia 21 de setembro - Dia internacional da paz. A intenção da criação da data foi para que as pessoas não pensassem na paz, mas que lançassem alguma atitude para originar a paz.
O espírito da Paz e da Solidariedade deve estar presente durante a execução do projeto. Para isso, alguns itens devem ser considerados nas relações sociais da comunidade escolar, que poderão ser sugeridos através de cartazes afixados no pátio da escola, portão de acesso, banheiros, a fim de lembrar os principais conceitos que estão sendo trabalhados. São eles: colocar-se no lugar do outro; promover o diálogo e a amizade; valorizar o que cada pessoa tem de positivo; administrar os problemas com atitudes de respeito e gentileza; não se calar diante da injustiça; não responder a violência com violência; interessar-se pela comunidade; ajudar ao próximo; cultivar a esperança; exercitar o perdão; etc.
Fazer lanches rápidos ao final das aulas também é uma forma de tornar o ambiente escolar mais saudável, abrindo espaço para a integração das famílias. A escola não precisa arcar com toda a despesa, mas pode solicitar que cada aluno leve um prato de salgado, doces, sucos, chás, café e refrigerantes. Com isso, o volume dos mesmos torna-se suficiente para agradar as famílias. O lanche comunitário pode ser feito a cada quinze dias ou uma vez por mês, atendendo as expectativas de todos.
Um vídeo veiculado num site famoso pode ser exibido durante a realização dos eventos. O mesmo pode ser localizado através do nome de “Where is the Love?” e faz uma abordagem da violência no mundo, da guerra, de crianças sofrendo, soldados chorando, etc. É uma linda demonstração de amor ao próximo, onde os cantores questionam sobre a existência do amor, através de um rap.
Esse tipo de trabalho é importante, afinal, a paz não deve estar presente somente no âmbito escolar, mas sendo praticada por todos, ao longo da vida. É assim que se constrói um mundo melhor!
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Dicas Para o Vestibular


É importante ter cuidado para não rasurar o cartão-resposta.
Durante o ensino fundamental as nossas preocupações são exclusivamente voltadas para alcançar a média da escola, para ser aprovado para a próxima série, etc. Quando ingressamos no ensino médio nossas preocupações se voltam para os exames seletivos das universidades. Dá-se início ao processo de preparação, muitos são aprovados na primeira tentativa, outros levam anos para conseguir ingressar em uma universidade conceituada. Desde o processo de preparação até o dia da prova, o vestibulando vive de forma instável e estressante, o que pode prejudicá-lo na hora do exame seletivo. Pensando nisso, preparamos algumas dicas de como o vestibulando pode se preparar mental e fisicamente para a prova.

• Estipule um tempo diário para estudar, o ideal é de duas horas;
• Dedique-se a matérias que não tem domínio;
• Produza no mínimo uma redação diária, para melhorar o desenvolvimento de suas idéias e organização;
• Prefira lugares que tenha o mínimo de barulho, para que possa se concentrar de forma que nada tire sua concentração;
• Quando estiver com dúvidas consulte os livros e dê preferência aos professores. Não fique com vergonha, pois todo mundo têm dúvidas, além disso, sua dúvida pode ser a mesma de outra pessoa;
• Promova atividades de lazer, pois elas aliviam um pouco da ansiedade e do estresse.
• No dia da prova, chegue meia hora antes do início, evitando o perigo de chegar atrasado e ser barrado na porta;
• Na véspera da prova não tente estudar o que não aprendeu durante a preparação, pois não absorverá nenhuma informação;
• Faça atividades de lazer nos dias que antecedem a prova, respeitando o horário;
• Leve uma garrafinha de água, uma barrinha de cereais e/ou chocolate, pois podem aliviar um pouco da ansiedade;
• Vista roupas confortáveis e de acordo com o clima do dia;
• Faça refeições leves, prefira frutas e/ou saladas;
• Leve caneta e lápis reservas;
• Não entre em pânico, quase todo mundo passa ou já passou por isso, então estude sempre, não desista;
• Preocupe-se em fazer a sua prova, não fique prestando atenção na movimentação da sala, quem levanta, sai ou anda pela mesma;
• Inicie a prova pelas matérias que domina, assim que concluí-las passe para as que você tem menos facilidade;
• Aproveite o tempo;
• Organize suas idéias na hora de produzir a redação.

A consequência do Stresse nos Professores.


O estresse é um problema frequente para os professores.
Em pesquisas realizadas pelo Ibope, no ano de 2007, ficou constatado que a grande maioria dos professores sofre de estresse, em especial os da rede pública.
O estresse dos professores se manifesta de diferentes formas, portanto é de extrema importância que esses profissionais fiquem atentos buscando identificar se estão inseridos nesse grupo.
Profissionais que participaram da pesquisa se queixaram de diversos sintomas, sendo que as dores musculares ocuparam o primeiro lugar e em seguida existiram declarações não muito bem definidas de algum mal-estar. De acordo com informações científicas, o estresse apresenta sintomas específicos que podem fazer parte do quadro. No intuito de facilitar a identificação do estresse, construímos uma lista com os principais sintomas:

• Aumento da pressão arterial;
• Falta de concentração;
• Dor de cabeça;
• Indigestão;
• Queda de cabelo;
• Nervosismo;
• Insônia;
• Taquicardia;
• Ganho ou perda de peso;
• Alergia;
• Isolamento;
• Memória fraca;
• Irritação;
• Ansiedade;
• Tique nervoso;
• Desmotivação;
• Diminuição dos glóbulos vermelhos.

O ideal é que ocorra o interesse por parte dos professores no sentido de buscar um caminho que possa resolver, ou amenizar o problema apresentado, de forma que venha lhe proporcionar uma saúde melhor.
O professor também deve garantir o exercício da sua profissão, não prejudicando a aprendizagem dos alunos por motivo de afastamento, gerando problemas nas instituições.
Tal questão atualmente tem sido alvo de discussão entre pesquisadores, visto que todos perdem com o afastamento do profissional. Esta é uma questão tão preocupante que só na região de São Paulo, que apresenta a maior rede de professores do país, entre os 250 docentes, há registros de que ocorrem 30 mil faltas por dia em decorrência de problemas de saúde.
As licenças médicas em 2006 foram cerca de 140 mil, com longo tempo de afastamento, seguindo uma média de 33 dias. É um fator preocupante que precisa ser solucionado, visto que além de deteriorar a educação brasileira gera um prejuízo financeiro para o país em torno de 235 milhões.
Ressalta-se o direito do aluno em estudar, mas é fundamental que o professor esteja em boas condições para oferecer uma aula de qualidade, que realmente alcance os objetivos que são propostos.
Atualmente, já existem algumas instituições que estão tendo uma preocupação maior em relação a essa questão, a ponto de certas secretarias de educação já estarem criando programas de prevenção, na qual as escolas e seus educadores se reorganizam, buscando formas educativas de resolver tais problemas apresentados.
Com a finalidade de reduzir ou até mesmo eliminar o cansaço físico e mental, segue algumas sugestões que também irão contribuir para o bom desempenho profissional:

• Reserve um tempo para estudar e planejar;
• Busque reunir-se com colegas, não esquecendo dos momentos de lazer;
• Evite lecionar com carga horária extensa;
• Descanse mais;
• Leia e assista filmes;
• Faça caminhada;
• Prefira reduzir as despesas ao invés de dobrar a carga horária.

E não esqueça a importância de cuidar da saúde, pois se o corpo apresenta-se saudável, conseqüentemente as chances de se sentir bem para exercer a profissão serão maiores, realizado-a de forma extremamente positiva e gratificante.

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